A contribuição do Festival de Cultura Popular de Imperatriz vai para além de reverenciar o reconhecimento dos mestres e mestras que, no silêncio cotidiano, vão construindo, cosendo, forjando e dando cores às identidades diversas de nossa região.

Momentos como esses contribuem para a elevação da auto-estima desses mestres, e no intuito de garantir a salvaguardar a difusão e a transmissão do conhecimento acumulado por guardiões da memória da cidade, mestres de artes e ofícios, que, muitas vezes, não se reconhecem e não são reconhecidos, nem respeitados por sua capacidade criadora e propositiva para uma sociedade de paz com respeito às diversidades. Em 2016, a Sociedade Civil organizada, por meio da Associação Cultural Casa da Artes levou à Câmara de Vereadores de Imperatriz, a proposta do Projeto de Lei “Tesouros Humanos Vivos” que visa proteger o conhecimento, disseminar saberes e amparar financeiramente homens e mulheres, reconhecidos como mestres e mestras da cidade de Imperatriz que desenvolvem atividades culturais por mais de 20 anos comprovadamente.

O PL colocou Imperatriz na rota das grandes discussões nacionais pela preservação, divulgação e valorização dos conhecimentos tradicionais que alimentam a cultura brasileira em vários segmentos artísticos. E apesar de ter sido amplamente discutido com a comunidade acadêmica, entidades e a comunidade artística da cidade que discute a política cultural, o Conselho de Cultura e a Câmara de Vereadores de Imperatriz, no intuito de aprofundar o assunto e fortalecer as manifestações culturais difundidas pelos mestres e mestras, o projeto não teve andamento.

Diante da situação de emergência pública em função da pandemia do novo coronavírus, a Casa das Artes acredita que a aprovação da lei e a salvaguarda dos mestres e mestras se tornaram ainda mais urgentes, uma vez que muitos deles fazem parte de grupos de risco.

Proteger, preservar e difundir os saberes dos Mestres e Mestras é cuidar da nossa história.

A festa tá bonita! Seguimos na luta.